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Hepatites virais - Saiba mais sobre as hepatites A e B?

Atualizado: 17 de ago. de 2022


Quando pensamos nas doenças que acometem o fígado, rapidamente nos lembramos do consumo excessivo de álcool e/ou de algumas substâncias como os chás emagrecedores e certos medicamentos, que podem comprometer as suas funções e levar à falência hepática.

No entanto, estas não são as únicas causas que podem resultar em uma inflamação do fígado, ou melhor dizendo, em hepatite.


As hepatites também podem ser causadas por vírus


Atualmente, as hepatites virais constituem um problema de saúde pública no Brasil e no mundo e são causadas por diferentes tipos de vírus, que são classificados como A, B, C, D (delta) ou E. Além disso, a prevalências destes vírus pode variar de acordo com a região em que você se encontra. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), cerca de 30% dos casos na região nordeste do Brasil correspondem à hepatite A. Em contrapartida, apenas 10% dos casos consistem na hepatite B.

Diferenciar estas duas variantes das hepatites virais é essencial, dado que elas podem acometer o indivíduo e evoluir de maneiras distintas: enquanto a hepatite A se manifesta de maneira aguda, a hepatite B pode se tornar crônica e causar uma série de complicações.


O que precisamos saber sobre a Hepatite A?


Embora sua incidência esteja diminuindo cada vez mais desde 2014, a hepatite A ainda merece a nossa atenção, visto que acomete principalmente crianças e adolescentes (0 a 19 anos) do sexo masculino.

Esta hepatite é transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados ou pelo contato com uma pessoa infectada. O vírus geralmente permanece incubado por 2 a 4 semanas e seus sintomas mais comuns incluem febre, indisposição e icterícia. No entanto, sinais como fraqueza, náusea e vômito, falta de apetite, diarreia e dores abdominais, articulares ou musculares também podem estar presentes. Entretanto, alguns indivíduos não chegam a manifestar sintomas da doença.


E sobre a hepatite B?


Ao contrário da hepatite A, a incidência da hepatite B permaneceu praticamente constante entre 2010 e 2019 em todo o país. Além disso, mais de 250 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença entre 1999 e 2020.

Assim como a hepatite A, a hepatite B também acomete mais homens do que mulheres, porém os casos se concentram em indivíduos com 25 a 50 anos de idade. Vale ressaltar que, embora sua principal forma de transmissão seja por contato sexual, esta não é única via de contágio da doença.

A infecção pelo vírus da hepatite B pode causar desde uma doença subclínica até um quadro clínico de hepatite ictérica, que é a forma mais comum da patologia. O paciente pode apresentar cansaço extremo, náusea, vômito e dores no quadrante superior direito de seu abdômen antes, ou até mesmo durante o estabelecimento da icterícia.

Porém, uma vez infectado pela hepatite B, o paciente pode desenvolver a forma crônica da doença. Isso geralmente acontece quando o indivíduo é exposto à doença quando jovem, se possui predisposição genética ou não manifesta sintomas na sua fase aguda. Estas pessoas, inclusive, podem permanecer assintomáticas por vários anos, até que ocorra a exacerbação da doença. Este processo, que ocorre em 4 etapas, se caracteriza pela alternância entre fases assintomáticas e sintomáticas da doença e possuem sinais laboratoriais característicos, que permitem a diferenciação entre as fases.


Como é feito o diagnóstico e tratamento?


As hepatites virais podem ser diagnosticadas através da detecção de antígenos (material genético do vírus) e anticorpos contra os vírus após o início das manifestações clínicas da doença.

No entanto, também é essencial avaliar a função hepática por meio da dosagem de enzimas como a aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) e a quantificação de bilirrubina no sangue. Estes são apenas alguns dos marcadores que indicam que há algo errado com o seu fígado.

No caso da hepatite A, as medidas preventivas estão relacionadas à melhoria de condições sanitárias e redução da transmissão comunitária da doença. Já em relação a hepatite B, o uso da terapia de supressão viral pode ser indicado na fase ativa da doença ou para pacientes com sintomas extra-hepáticos, gestantes, indivíduos com histórico familiar de câncer de fígado ou imunossuprimidos ou com cirrose hepática. E, em alguns casos, o transplante hepático, também pode ser recomendado.

Embora muitos avanços tenham sido feitos, ainda não existem tratamentos específicos para estas hepatites. Entretanto, o tratamento com antivirais pode contribuir para a manutenção de um quadro clínico estável da doença, ou seja, evitar a sua progressão. Vale ressaltar também que existem vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) que auxiliam na prevenção das Hepatites A e B.

Desta forma, a principal forma de evitar a transmissão das hepatites virais e se prevenir é através da realização dos exames que permitem o seu diagnóstico. E você pode contar com o Laboratório Biocenter para realizar estes e cuidar da sua saúde!

Lembrete: Somente realize exames e testes após avaliação e indicação médica.

Nós, do Laboratório Biocenter, assumimos o compromisso de trazer informações relevantes e atuais para você. Estamos prontos para lhe atender e garantir os melhores resultados em exames laboratoriais.

Referências científicas:

Ministério da Saúde (2021). Boletim epidemiológico – Hepatites Virais. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/boletins-epidemiologicos/especiais/2021/boletim-epidemiologico-de-hepatite-2021.pdf. Acesso em: 29 jul. 2022.

Castaneda D, Gonzalez A. J, Alomari M, Tandon K, Zervos X. B (2021). From hepatitis A to E: a critical review of viral hepatitis. World Journal of Gastroenterology


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