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Outubro Rosa: saiba mais sobre o câncer de mama e de colo do útero



Outubro Rosa é o mês marcado pela campanha nacional de conscientização e prevenção do câncer de mama e do colo do útero. Estes são os dois tipos de câncer mais frequentes na população feminina, o que evidencia ainda mais a importância da sua prevenção e diagnóstico precoce.


Na matéria de hoje traremos informações valiosas a respeito destas doenças, especialmente fatores de risco, formas de prevenção e diagnóstico.

Todo câncer é caracterizado por um descontrole no ciclo celular que leva à multiplicação desordenada de células, tornando-as disfuncionais e culminando na formação de um tumor. O que define sua terminologia é onde começam estas alterações em nosso corpo, como nas mamas ou no colo do útero, por exemplo.

Existem diferentes tipos de câncer de mama a depender de quais células são afetadas e que podem começar também em diferentes regiões da mama. A mama é composta por três partes principais: os lóbulos onde estão as glândulas que produzem o leite, os dutos que são os caminhos que levam o leite até o mamilo e o tecido conjuntivo. Na maioria dos casos, a doença começa nos ductos ou lóbulos, podendo se espalhar para fora da mama em estágios mais avançados por meio da corrente sanguínea e vasos linfáticos, atingindo outros órgãos.

Já o colo do útero é uma estrutura que conecta a vagina à parte superior do útero. O câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical, ocorre com mais frequência em mulheres com mais de 30 anos e possui alta associação com infecções persistentes por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV).

Sinais e sintomas

Geralmente, o câncer de mama pode ser identificado em fases iniciais por meio de sua sintomatologia. É comum a presença de nódulos (caroços) fixos e indolores na mama, sendo facilmente sentidos ao toque pela própria mulher. Por isso é tão importante alertar e conscientizar a população feminina em relação aos exames de toque de forma rotineira. A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer. Além disso, outras alterações podem aparecer nos mamilos, além de pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.

Por outro lado, o câncer do colo do útero é uma doença que possui um desenvolvimento lento, sem apresentar sintomas inicialmente. Em casos mais avançados, podem aparecer sangramentos vaginais ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias. Mas vale lembrar que toda essa sintomatologia deve sempre ser investigada por um médico especialista que irá definir um diagnóstico correto e preciso.

Quais são os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento do câncer?

As causas para o câncer de mama são multifatoriais, ou seja, diversos fatores podem influenciar no seu desenvolvimento. No entanto, a idade (acima de 50 anos) parece ser um dos principais fatores que aumentam o risco para esse tipo de câncer. Fatores ambientais e de estilo de vida também podem ser preocupantes, como a obesidade, o tabagismo, sedentarismo e o consumo de bebida alcoólica. Estima-se que a cada 10 g (aproximadamente um copo de bebida) de álcool consumido diariamente por uma mulher adulta levará a um aumento de 7 a 10% no risco de câncer de mama.

Fatores hormonais também podem ser importantes, como a menarca precoce (primeira menstruação da vida) e a menopausa (fim da fase reprodutiva) de início tardio. Além disso, há forte debate a respeito do uso de contraceptivos que poderiam também apresentar um forte risco para o câncer de mama. Estudos recentes mostraram um aumento estatisticamente significativo no câncer de mama com o uso de anticoncepcionais hormonais, mas mais estudos são necessários para chegar a uma conclusão definitiva.

Por último, e não menos importante, o fator genético também representa uma grande parcela de risco. O histórico familiar de câncer de mama e de outros tipos, como de ovário, aumenta a chance de incidência. Além disso, alterações genéticas específicas podem ser indicativas de uma maior probabilidade do surgimento da doença.

Como já mencionado, a infecção crônica pelo HPV representa a maioria dos casos de câncer de colo do útero. O HPV é um vírus sexualmente transmissível que infecta a pele ou mucosas, provocando verrugas na região genital e ânus. Se não tratado, pode evoluir e desencadear o surgimento de câncer de colo do útero nas mulheres. Neste ponto, alguns fatores influenciam ainda mais, como início da vida sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais e imunossupressão. Fatores ambientais também são incluídos nessa lista, com o hábito de fumar.

Existe tratamento ou prevenção?


A ciência e a medicina avançam cada vez mais para melhorar o tratamento desses dois tipos de câncer. Tanto o tratamento do câncer de mama quanto o de colo do útero vão depender da fase em que as doenças se encontram e do tipo do tumor. Nesse sentido, podem incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, por exemplo. Vale lembrar que o diagnóstico precoce ajuda muito no potencial curativo do tratamento adotado. Quanto mais cedo diagnosticar, maiores são as chances de cura completa!


Além disso, existem ações que podem ajudar a prevenir o desenvolvimento destas doenças. A mudança do estilo de vida, aderindo a hábitos saudáveis, ajuda muito na prevenção. Evitar o tabagismo, tanto em sua forma ativa quanto passiva, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são atitudes que garantirão a saúde da sua mama. E isso vale também para pessoas que possuem histórico familiar da doença!


Em especial para câncer de colo do útero, testes de rastreamento e a vacina contra o HPV podem ajudar muito a prevenir a doença. O uso de preservativos durante a relação sexual é essencial para prevenir a transmissão do HPV assim como de outras doenças sexualmente transmissíveis. A realização do exame preventivo (Papanicolau) também é muito importante para a prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos do HPV que causam câncer.


Como é feito o diagnóstico?


A presença de nódulos pode ser indicativa do câncer de mama e deverá ser investigada mais a fundo para definir o diagnóstico. Podem ser solicitados ainda exames de imagem, como a mamografia ou ultrassonografia. A confirmação diagnóstica é feita por meio da biópsia do tecido afetado e análise histopatológica.


Para o câncer de colo de útero são feitos exames pélvicos e análise do histórico clínico de exames da vagina e do colo de útero. Além disso, podem ser solicitadas também biópsias para análise histopatológica e confirmação do diagnóstico.


Além destes exames, existem as análises genéticas de mutações em genes específicos no DNA que aumentam as chances de desenvolvimento de câncer de mama. Mutações gênicas do tipo BRCA1, BRCA2 podem ser preditivas de uma maior predisposição ao desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Assim, estes são exames complementares que podem ajudar em um diagnóstico mais seguro e confiável. Aqui no Laboratório Biocenter, realizamos estes testes além de contarmos com uma equipe especializada para garantir sempre um diagnóstico preciso, com rapidez e responsabilidade.


Lembrete: Somente realize exames e testes após avaliação e indicação médica.

Nós, do Laboratório Biocenter, assumimos o compromisso de deixá-los sempre bem-informados e atualizados, trazendo conteúdos relevantes e de qualidade para você.

Referências:

Cohen, P. A., Jhingran, A., Oaknin, A., & Denny, L. (2019). Cervical cancer. The Lancet.

Harbeck, N., Penault-Llorca, F., Cortes, J. et al. (2019). Breast cancer. Nat Rev Dis Primers .

INCA – Instituto Nacional de Câncer de Pâncreas. Câncer do colo do útero (2021). Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero

Nour N. M. (2009). Cervical cancer: a preventable death. Reviews in obstetrics & gynecology.


 
 
 

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