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Quais são os exames de rastreio do câncer de mama?


O câncer de mama é o tipo de tumor mais frequente na população feminina, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 73 mil novos casos da doença foram registrados no último ano, o que representa 30% dos tumores que acometem essa população.


Com seus números crescentes no Brasil e ao redor de todo o mundo, medidas que visam detectar precocemente o câncer de mama são fundamentais e possibilitam tratamentos menos agressivos e que podem apresentar maior taxa de sucesso.


Como é feita a detecção precoce do câncer de mama?


As estratégias de detecção precoce do câncer de mama levam em consideração o seu diagnóstico precoce e rastreamento.


O diagnóstico precoce é realizado em mulheres que apresentam sinais ou sintomas característicos da doença. O autoexame permite que a mulher observe alterações na estrutura das mamas, como a presença de nódulos, aumento de tamanho, retração da pele ou mudança no formato do mamilo. Consultas de rotina com um ginecologista ou mastologista também auxiliam na detecção dessas alterações.


Já o rastreamento é uma medida preventiva realizada na população que não apresenta sintomas sugestivos da doença. A mamografia é um importante exame de rastreio que ajuda a identificar alterações antes mesmo de serem percebidas pelo autoexame. Esse exame deve ser realizado a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos e pode possibilitar o melhor prognóstico da doença.


Por que a mamografia não é recomendada para mulheres com menos de 50 anos?


A mamografia auxilia na detecção do câncer de mama em estágios iniciais, possibilita um tratamento menos agressivo e reduz a mortalidade associada a esse tipo de câncer. Mas é preciso levar em consideração o balanço entre os riscos e benefícios dessa abordagem.


Resultados falso positivos podem gerar ansiedade, estresse e a necessidade de outros exames para eliminar a suspeita da doença. Resultados falso negativos, por sua vez, dão uma falsa sensação de segurança à mulher. Nesse caso, o tumor está presente, mas o resultado do exame é normal.


Outro risco associado à mamografia diz respeito à forma do tratamento. A mulher pode ser submetida à cirurgia, quimioterapia ou radioterapia de um câncer de mama com crescimento lento e que não ameaçaria sua vida.


As Diretrizes para detecção precoce do câncer de mama do INCA consideram o balanço entre os riscos e benefícios dessa abordagem desfavorável em mulheres com menos de 50 anos devido à densidade das mamas. Por isso, fica ao critério do médico solicitar a realização da mamografia nesse grupo.


Existem outros exames de rastreio do câncer de mama?


Exames de diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética, podem ser solicitados quando há suspeita do câncer de mama. No entanto, o diagnóstico só é confirmado após biópsia e análise histopatológica do tecido das mamas.


Além desses exames, pode-se avaliar a presença de mutações gênicas que estão associadas à maior predisposição de desenvolver esse câncer. Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, por exemplo, podem aumentar em mais de 40% o risco de desenvolver a doença em mulheres com mais de 70 anos. Mutação em outros genes como TP53, PALB2, CHEK2 e PTEN também estão associadas ao desenvolvimento do câncer de mama.


Essas mutações apenas indicam que a mulher pode vir a desenvolver o câncer de mama futuramente. Os resultados desses exames auxiliam na obtenção de um diagnóstico seguro e confiável, mas não devem ser interpretados como certeza de um diagnóstico futuro.


O painel genético do câncer de mama ajuda a identificar as alterações nos genes BRCA1 e BRCA1 e pode ser realizado aqui no Laboratório Biocenter após avaliação e indicação médica.


Nós, do Laboratório Biocenter, assumimos o compromisso de trazer informações relevantes e atuais para você. Estamos prontos para lhe atender e garantir os melhores resultados em exames laboratoriais.

Referências científicas:


Harbeck N, Penault-Llorca F, Cortes J, Gnant M, Houssami N, Poortmans P, Ruddy K, Tsang J, Cardoso F. Breast cancer. Nat Rev Dis Primers. 2019 Sep 23;5(1):66. doi: 10.1038/s41572-019-0111-2.


Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer de mama. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama. Acesso em: 06 fev. 2023.


Ministério da Saúde (2015). Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//diretrizes_deteccao_precoce_cancer_mama_brasil.pdf. Acesso em: 06 fev. 2023.

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